segunda-feira, 23 de março de 2015

Nossa Senhora de Paris: Victor Hugo

Nossa Senhora de Paris
Nossa Senhora de Paris: Victor Hugo
Classificação 3 Estrelas

Este foi o primeiro livro escolhido para as leituras conjuntas com a Catarina do Sonhar de Olhos Abertos e acho que se não fosse esta "obrigação" não o teria terminado.

Este livro é mais do que a história das suas personagens mas também da cidade de Paris, da sua sociedade e da própria Catedral de Notre-Dame. Com personagens dos vários estratos sociais tais como fidalgos, clero, ciganos e pedintes.
A história principal é de Quasímodo, o sineiro surdo, coxo, corcunda e deformado, que foi adoptado por arcediago Cláudio Frollo, e ambos estão apaixonados pela cigana Esmeralda, que por sua vez é apaixonada pelo capitão Febo.

Achei a escrita de Vitor Hugo pesada, muito descritiva e com poucos diálogos, e como tal senti muita dificuldade em avançar na leitura. Temos capítulos inteiros ou a descrever Paris, ou a Catedral ou até mesmo sobre a importância da palavra escrita. Percebo que tais descrições são importantes para nos contextualizar na sociedade parisiense do séc. XIX mas sentia que em termos de enredo, não se avança. Para além destas descrições, temos também várias personagens que nos vão contando algumas pequenas histórias, que acabam por se interligar, mas que inicialmente me deixaram um pouco perdida.

Quanto ao enredo e às suas personagens e vou-me focar apenas naquelas que considero importantes: Quasímodo, Cláudio Frollo, Esmeralda e Febo.
Esmeralda, a bela e jovem cigana, é demasiado ingénua, e não a achei particularmente interessante para que despertasse tantas paixões e desejos, e achei que aquela paixão por Febo era um bocado estranha e superficial. Febo é um "típico" engatatão, que mesmo tendo noiva, tenta envolver-se com Esmeralda apenas por desejo físico e que se tenta "aproveitar" da ingenuidade da jovem.
Temos ainda Quasímodo e Cláudio Frollo, que para mim, foram as personagens mais interessantes e com mais profundidade. Quasímodo vive com o sentimento de ser um enjeitado e que tem uma devoção quase incondicional por Cláudio Frollo, o homem que o adoptou. E é por causa dessa devoção e do seu amor por Esmeralda, que Quasímodo tem os seus dilemas emocionais. Frollo é então um membro do clero, e que tem um "amor" doentio por Esmeralda, capaz de cometer actos hediondos.
Um livro, com vários tipos de amor mas que andam de mão dada com a desgraça, com um final bastante trágico.

Posso não ter conseguido interiorizar a grandeza desta obra, e que não nego que é rica em termos de contextualização história e social, no entanto, em termos de enredo, achei fraco e pouco cativante.


Podem ver também a minha opinião em vídeo:

4 comentários:

  1. Ois,

    Pelo que percebi um livro interessante mas que acabou por ter um enredo que não te cativou por ai alem, mas pronto seguir em frente :)

    Bjs e boas leituras

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    1. Olá Fiacha,
      Pois é, achei o enredo relativamente fraco tendo em conta a riqueza das descrições.
      Melhores leituras virão ;)
      Bjs

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  2. Olá,
    Eu não sou fã das descrições demasiado longas, acabo sempre por passar alguns parágrafos à frente.
    Não li o livro e provavelmente nunca o irei ler.
    Beijinhos

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    Respostas
    1. Olá Tânia,
      Se não gostas de grandes descrições realmente não te aconselho o livro. A mim custou-me muito :/
      Beijinhos

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